E o bebê?



Como a natureza é perfeita. Vejam só este vídeo de um bebê mamando:✔️O bebê move o leite do peito da mãe para sua boca com um movimento ondulatório da língua.✔️ O mamilo da mãe apenas expele leite quando está sendo comprimido pela língua do bebê. Isso significa que, após o bebê encher a boca de leite, ele pode engolir e respirar confortavelmente. Vídeo repostado do @medical.nucleus
Posted by Lansinoh Brasil on Quarta, 27 de maio de 2015

A Andreia Stankiewicz, odontologista com quem eu, Melania Amorim e Karina Falsarella estamos escrevendo um texto sobre amamentação e saúde dos dentes do lactente, acaba de escrever um novo artigo que é, na verdade, um serviço de utilidade pública.

Excelente artigo, baseado em evidências científicas, que trata de dúvidas muito recorrentes, como a interferência negativa sobre a amamentação, a alteração do tônus muscular da musculatura bucal, possíveis deformações esqueléticas faciais, a inexistência de bicos comerciais que sejam comparáveis ao bico do peito, a falácia de que chupeta é menos prejudicial que o dedo, a ligação entre a chupeta e a síndrome do respirador bucal, entre outros tópicos tão importantes quanto.
Com autorização dela, reproduzo o texto aqui.
A oferta da chupeta se difundiu amplamente na sociedade contemporânea. Trouxe consigo conveniência e comodidade, “simplificando” a tarefa dos adultos em acalmar o bebê. Muitos não sabem ao certo se devem ou não oferecê-la. Desinformação, falta de tempo, busca por facilidades imediatas, desconexão com os próprios instintos da espécie e tantos outros motivos popularizaram o seu uso e fizeram com que formas naturais e gentis de lidar com o choro e as demandas do bebê fossem deixadas de lado. Assim, a necessidade básica de sucção no peito não é plenamente suprida, muito menos as necessidades psico-afetivas do bebê, como um ser humano complexo em formação. O motivo do choro que está sendo silenciado fica sem resposta. A chupeta acaba sendo uma solução mágica e instantânea, que se arrasta pela infância afora e, disfarçada de outras formas, chega até a vida adulta. Por isso, não se iluda! A chupeta não é inocente como parece. Efeitos colaterais advindos do seu uso existem, e aumentam em quantidade e gravidade ao longo do desenvolvimento infantil. Acompanhe, sob uma perspectiva baseada em evidências, as potenciais consequências relacionadas ao uso da chupeta.


  •  Interfere negativamente sobre a amamentação. Estudos mostram que crianças que desmamam precocemente usam chupeta com maior freqüência do que aquelas que são amamentadas por um período maior1,2. A confusão de bicos (fig. 1 e 2) descrita na literatura acontece porque a musculatura é trabalhada de forma completamente diferente durante a sucção do peito e da chupeta3 (Quadro 1 - APÊNDICE). A sucção de um bico artificial leva à perda da tonicidade e alteração da postura muscular (dos lábios e língua, principalmente), fazendo com que o bebê não consiga manter corretamente a pega do peito. Além disso, existem evidências de que chupar chupeta diminui a produção de leite, pois o bebê solicita menos o peito, causa ferimentos na mãe devido à pega errada, o que acaba interferindo até mesmo no seu ganho de peso. Não oferecer bicos artificiais e chupetas a crianças amamentadas é um dos Dez passos para o Sucesso do Aleitamento Materno recomendado pela Organização Mundial de Saúde, UNICEF e Ministério da Saúde4.

  • Prejudica a correta maturação funcional do sistema estomatognático (SE)*. Atrapalha na fala, mastigação, deglutição e respiração da criança3. Podem surgir deficiências de dicção, presença de sibilo/ceceio na fala, voz rouca e/ou anasalada. A mastigação perde sua característica normal bilateral e alternada, tendendo a vertical ou unilateral5, afetando diretamente as articulações têmporo-mandibulares e o desenvolvimento das estruturas envolvidas. Desenvolve-se potencialmente uma deglutição atípica, com interposição de língua e participação da musculatura peri-oral. O padrão respiratório se altera de nasal para bucal ou misto3, 5. Assim, existe um consenso na literatura científica de que hábitos de sucção não-nutritivos são potencialmente nocivos para a saúde da criança e que, por isso, devem ser desestimulados6 ou removidos o mais cedo possível no intuito de minimizar os danos7
  • Altera a postura e tonicidade dos músculos da boca: o lábio superior fica encurtado, o lábio inferior fica flácido e evertido (virado para fora), ocorre a perda do selamento labial passivo (sem esforço), a pele do queixo pode ficar enrugada (refletindo o esforço do músculo mentalis para auxiliar no vedamento labial), as bochechas ficam hiper/hipotonificadas e caídas (de acordo com a forma que a criança adapta a sucção) e a língua perde a tonicidade, ficando numa posição baixa e retruída dentro da cavidade bucal (fig. 3), alterando toda a fisiologia do SE*.
  • Causa deformações esqueléticas na boca e na face: Os ossos da face crescem de forma desarmônica, com alterações e rotações dos planos de crescimento (fig. 4)3. As arcadas e os ossos nasais sofrem atresias (estreitamento) e desvios (desvio de septo) prejudicando tb as funções de deglutição, mastigação, fala e respiração (fig. 5 - 6) e se tornando um obstáculo mecânico à cura de uma série de patologias (especialmente, as “ites” = rinite, sinusite, amigdalite, bronquite, otite, adenóides hipertróficas, etc...). A mandíbula mantém a posição retruída do nascimento, isto é, o queixo não cresce, prejudicando a estética e a fisiologia (fig. 7).




  • Provoca maloclusão dentária. Mordidas abertas, mordidas cruzadas (fig. 8), maloclusão de Classe II, overjet acentuado (fig. 9) e outras alterações nos dentes são associadas ao uso de bicos artificiais. Crianças com hábitos de sucção não-nutritiva apresentam 12 vezes mais chance de desenvolver problemas oclusais do que crianças sem hábito8. Mais de 70% das crianças que possuem hábitos de sucção não-nutritiva apresentam algum tipo de maloclusão9.

  • Não existem no mercado bicos anatomicamente comparáveis ao bico do peito: Em relação ao mamilo, os bicos de borracha apresentam diferenças significativas em sua textura, forma, no trabalho que realizam e nas consequências desse trabalho3. Já foi demonstrado em estudo realizado com diferentes marcas comerciais disponíveis no mercado que bicos artificiais são significativamente menos elásticos do que o bico do peito, e que o seu comprimento pouco se altera dentro da cavidade bucal, de forma que é a boca que se molda a ele, e não o oposto como ocorre no caso do bico do peito (fig. 9 – 11). O bico do peito tem a capacidade de distender-se´ dentro da boca (protractibilidade) até 3 vezes o seu comprimento inicial, enquanto o bico de borracha pouco se altera10.

  • A chupeta não é menos nociva do que o dedo: Dados epidemiológicos mostram que apenas 10% das crianças chupam o dedo prolongadamente9, 11, enquanto 60 a 82% 8, 9, 11,, chupam chupeta e 4,1% associam os dois hábitos 8. Ao contrário do que se costuma acreditar, os danos causados pela sucção prolongada de dedo ou de chupeta são bem semelhantes12, 13. A sucção do dedo, contudo, se assemelharia mais ao peito (fig. 12) por ser intracorpórea, ter calor, odor e consistência mais parecidos com o do mamilo e pelo fato de ficar praticamente na mesma posição do bico do peito dentro da cavidade bucal (próximo ao ponto de sucção, no fundo da boca). A língua vem para a frente durante a sua sucção, como acontece com o mamilo na ordenha do peito materno e o padrão de respiração nasal é mantido14. Por tudo isso, a orientação de substituir o dedo pela chupeta não faz sentido. O bebê chupa o dedo desde a barriga15 (fig. 13) e, durante o seu desenvolvimento, especialmente nos períodos de desconforto e irritação provocados pela erupção dentária (que inicia a partir dos 4-6 meses até em torno dos 3 anos, quando a dentição decídua está completa), é normal que ele leve um ou mais dedos à boca. Nessa fase devemos proporcionar variedade de estímulos, como alimentos de consistência dura, mordedores, além de brincadeiras diversas, atenção, carinho, paciência e peito; a fim de que o hábito cesse espontaneamente. A persistência da sucção de dedo não é freqüente em crianças bem amamentadas 5,16. Mais de 80% das crianças que recebem aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida não apresentam hábitos11, 17.

  • Os bicos ortodônticos prejudicam mais no aspecto funcional do que os convencionais: Não existem evidências que comprovem substancialmente a existência de vantagens reais nos bicos anatômicos ou ortodônticos18. Embora sejam potencialmente menos nocivos em relação às alterações dentárias, chupetas ortodônticas mantêm o dorso ainda mais elevado e a ponta da língua ainda mais baixa e mais posteriorizada do que o bico comum (Fig. 14 a 16)3. Produzem mais movimentos incorretos com a língua, a deglutição é deflagrada mais tardiamente e existe um maior esforço e pressão negativa formada durante a sucção19.


  • Representa uma das causas da Síndrome do Respirador Bucal: Quando a criança respira pela boca pode ter o seu desenvolvimento comprometido (fig. 17) pelas inúmeras consequências que isso acarreta ao organismo como um todo. O ar inspirado pela boca não sofre o processo de filtragem, aquecimento e umedecimento fisiológicos, deixando o sistema respiratório mais vulnerável a doenças em geral. A respiração bucal ainda acarreta uma gama de alterações físicas (patologias respiratórias [fig. 18], problemas nutricionais e de crescimento, alterações fonoaudiológicas, do sono [ronco, apnéia, pesadelos, terror noturno, enurese noturna/xixi na cama, bruxismo] maloclusão e problemas orto-ortopédicos, posturais (fig. 19), comportamentais e emocionais (problemas de aprendizado, distúrbios de ansiedade, impulsividade, fobias, agitação, cansaço e hiperatividade, baixa auto-estima)3, 20.



  • Cria-se um hábito de difícil remoção: A sucção não-nutritiva não é um sintoma único e isolado, mas, ao contrário, pode ser um entre vários sintomas relacionados a conflitos de instabilidade emocional com raízes em situações anteriores21, como, por exemplo, a não satisfação plena da necessidade básica do bebê de mamar no peito3, 5, 16. A remoção repentina ou abrupta da chupeta pode gerar efeitos psicológicos complexos e difíceis de mensurar e pode levar à substituição por hábitos de sucção de dedo, lábio, língua, onicofagia (roer unhas) ou outros. Esses hábitos podem ser substituídos ao longo da vida por comer, fumar ou outros transtornos compulsivos, segundo a teoria psicanalítica (freudiana)3, 7.
  • Seus efeitos podem ser observados desde cedo: A idéia de que se a chupeta fosse removida até uma certa idade (1, 2, 3 anos, variando entre diferentes autores) não traria prejuízos à criança se propagou advinda de uma prática clínica centrada no dente (visão odontocêntrica), onde era possível observar a autocorreção de alguns tipos de maloclusão como a mordida aberta anterior a partir da descontinuidade do hábito. A evolução do conhecimento, entretanto, vem demonstrando que seus efeitos sobre ossos e músculos (bem como suas repercussões funcionais) são muito difíceis de reverter sem intervenção profissional multidisciplinar . Além do mais, o primeiro ano de vida do bebê é um período crítico para o seu desenvolvimento, de metabolismo ósseo acelerado e aprendizado/maturação de funções vitais, o que torna a presença de estímulos patológicos ainda mais agressiva. Na imagem abaixo, observamos um bebê de 4 meses que ainda não tem dentes, mas já sofre as conseqüências do hábito de sucção: perda do selamento dos lábios, postura de língua baixa, estreitamento da base do nariz, etc... Tudo isso vai afetar de alguma forma o seu padrão de crescimento e desenvolvimento.

  • “Chupetar” peito não existe! O termo “chupetar” deveria se referir exclusivamente à chupeta, onde o bebê realiza uma sucção não-nutritiva simplória. Dizer que o bebê está fazendo o peito de chupeta (“chupetando”), quando na verdade ele está mamando constitui um erro semântico; já que mamar constitui um ato complexo que envolve, não apenas extrair o leite, mas também sugar, estar em contato íntimo com a mãe, e sentir todas as sensações orgânicas e psico-afetivas envolvidas, com suas respectivas repercussões. Como poderia o bebê fazer o peito de chupeta se este tipo de artifício não é natural para ele e não lhe proporciona toda essa riqueza de estímulos? Bicios artificiais, muito pelo contrário, representam um estímulo de sucção patológica. O que sua memória instintiva, seu impulso pela sobrevivência reclama e pede é o peito da mãe, fisiológico, e não a chupeta. Tanto é que a maioria das crianças só aceita a chupeta após muita insistência dos adultos. Argumenta-se que alguns bebês teriam uma necessidade maior de sucção e que, após satisfazerem sua fome, ficariam no peito apenas “chupetando”, sugando, mesmo sem leite. O que acontece é que existem fases do desenvolvimento (saltos e picos de crescimento22) onde a demanda aumenta repentinamente e o peito necessita receber mais estímulo para ajustar a produção. Todo bebê esperto sabe muito bem que mamar faz a produção de leite aumentar. Além disso, ele está ao mesmo tempo satisfazendo sua necessidade neural de sucção3, 5. Você já deve ter ouvido aquela famosa frase: “a natureza é sábia!”, não é mesmo? Pois é.
  • A chupeta como prevenção para a Síndrome da Morte Súbita Infantil: Nos últimos anos a chupeta tem sido recomendada para reduzir o risco da Síndrome da Morte Súbita no Infantil (SMSI)23. Diante desta recomendação, é importante assinalar a existência de muitas evidências, como por exemplo um estudo caso-controle com 333 lactentes com diagnóstico de SMSI e 998 crianças hígidas, o qual apontou que a amamentação reduz o risco de morte súbita em 50% em todas as idades24. Como a chupeta favorece o desmame, deve-se reconsiderar o incentivo do seu uso para esse fim, pois benefícios maiores podem ser obtidos com a amamentação6.
  • Considerações sobre a toxicidade e segurança da chupeta: Durante o processamento da borracha natural e a criação da sintética, várias substâncias são adicionadas ao látex com o intuito de conferir maior elasticidade25. Em contato com a saliva, esses produtos se volatilizam, trazendo riscos à saúde; além da possibilidade de existirem crianças alérgicas ao látex26. Como qualquer outro objeto levado à boca, a chupeta pode servir de veículo para infecções diversas (otite, candidíase, cáries, etc)27. Outros riscos potenciais são o de acidentes, obstrução das vias aéreas e estrangulamento por cordas amarradas na chupeta.
  • A chupeta e o refluxo gastro-esofágico: O uso da chupeta foi aventado como método capaz de reduzir o refluxo gastro-esofágico. No entanto, revisão sistemática não encontrou evidência de que ela melhore o tempo total e/ou diminua o número de episódios de refluxo28.
  • A necessidade de sucção do bebê deve ser suprida no peito: Crianças que nunca mamaram no peito ou que tiveram aleitamento misto antes dos três meses de idade têm aproximadamente sete vezes mais chance de desenvolver hábitos de sucção não-nutritivos do que crianças amamentadas por mais tempo8. Desde a vida intra-uterina o bebê apresenta um impulso neural de sucção15. Ele começa satisfazendo esse impulso com o próprio dedo e ao mesmo tempo vai desenvolvendo a função da sucção, crítica para sua sobrevivência após o nascimento durante a amamentação. Se o bebê for amamentado e não houver interferências negativas, o próprio desenvolvimento e amadurecimento neuro-funcional se encarregará de fazer com que a necessidade neural de sucção se esgote espontaneamente em torno do final da fase oral. Portanto, nada substitui o ato de mamar no peito, pelo aporte nutricional e imunológico do leite materno, pela troca de afetividade entre mãe e filho e pelo mecanismo de sucção exclusiva que este propicia para um perfeito desenvolvimento29. A amamentação é primária na prevenção em saúde e no funcionamento pleno das potencialidades vitais da criança, refletindo diretamente sobre a sua qualidade de vida. A amamentação deve ser realizada de forma exclusiva até os 6 meses e continuada até os 2 anos de idade ou mais30, 31! A decisão de introduzir ou não chupeta é da família. Mas cabe aos profissionais oferecerem aos pais subsídios para que tomem uma decisão consciente e informada a esse respeito.
*Sistema Estomatognático (SE) = caracteriza-se pela existência de um conjunto de estruturas que desenvolvem funções comuns, tendo como manifestação conspícua e básica a participação da mandíbula. Como todo sistema, tem características que lhe são próprias, embora esteja intimamente ligado à função de outros sistemas – o nervoso e o somato-esquelético, em particular, e todos em geral32.

APÊNDICE: 

O quadro 1 compara a atividade e os desvios funcionais dos músculos envolvidos na amamentação e no aleitamento artifical com bicos comuns e ortodônticos (CARVALHO, 2010).






Pós Parto - Aspectos emocionais de se tornar mãe



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Banho de balde com ervas acalma bebe e alivia cólicas
POR GIOVANNA BALOGH


A hora do banho sempre é um momento de tensão, principalmente, para os pais de primeira viagem que não sabem lidar direito com aquela criaturinha tão pequena e frágil que chora desesperadamente naquela enorme banheira. Mas, há como fazer o banho prazeroso para os pais e, principalmente, para o recém-nascido. Como? Com o banho de balde.

Além de ser muito mais prático, o bebê não chora porque o formato do balde faz a criança lembrar do útero da mãe com aquela água quentinha.  “As crianças ficam calmas porque a sensação de estar em posição fetal, cercada de ‘limites’ do corpo pode ser muito confortante, e muito familiar pois remete ao útero materno”, explica a obstetriz Ana Cristina Duarte, que lançou o DVD “Banho de Balde” mostrando os benefícios e as técnicas desse tipo de banho.

Outra vantagem é que esse tipo de prática previne e melhora as cólicas. “A água quente é um ótimo remédio”, diz a obstetriz.

De tão relaxante, alguns bebês chegam a dormir durante o banho. O  banho pode ser  ainda mais gostoso colocando se forem colocadas ervas na água. A herborista Sabrina Jeha, 37, explica que não é necessário usar xampu em todos os banhos do bebê. Segundo ela, o próprio chá de erva vai completar o processo de limpeza. “Se é um bebê maior que seis meses e que já vai para o chão, que engatinha, o pai pode dar o banho de higiene e depois ir para o balde só com a água e a erva”, comenta.



Sabrina, que é mãe de Ana, 3, e Teo, 6 meses, diz que sempre usou o balde no banho dos filhos. Ela explica que primeiro é preciso fazer o chá, peneirar e depois misturar com a água para acertar a temperatura. Ela também aconselha usar ervas de boa qualidade e procedência – as orgânicas são as mais recomendadas. “O banho de balde com ervas é uma experiência prazerosa para o bebê e a mãe já que traz muito bem estar , melhorando as cólicas, perfumando o ambiente e melhorando possíveis problemas de pele, respiração e excitação dos bebês”.

Ana Cristina explica que o banho de balde pode ser usado já no primeiro banho do bebê e ser utilizado até que o bebê fique “forte e agitado o suficiente para não parar mais sentado no fundo do balde”.

Nos primeiros banhos, é recomendado usar uma toalha fralda para enrolar o bebê para ele se sentir mais seguro ao ser colocado na água.

A médica Isabela Marconi, 34, teve a experiência do banho de balde com o caçula Marcelo, 3 meses, e do tradicional com o filho Henrique, 3 anos. “O primeiro banho do Marcelo foi de balde e ele capotou. Parecia que tinha voltado para o útero enquanto o do Henrique foi com muito choro com ele dentro daquela banheira. Ele não gostou nada”, conta Isabela sobre o primeiro banho dos filhos que aconteceram em maternidade distintas de São Paulo.

Entre os cuidados mais importantes na hora do banho é em relação a temperatura da água – que não pode ultrapassar os 38 graus – e também ficar atento para o bebê não colocar a boca e o rosto na água. Os pais podem usar as pontas dos dedos embaixo do queixo do neném para ‘segurar’ a cabeça enquanto ele não consegue sustentá-la sozinho.

“Também é importante não deixar a água esfriar demais, principalmente, no banho de recém-nascidos. Se necessário, uma terceira pessoa pode colocar mais um pouco de água quente para manter a temperatura”, comenta.

Ana Cristina explica que no banho de ofurô qualquer balde pode ser usado, mas que o ideal são os fabricados para esse fim pois não possuem emendas ou rebarbas internas que possam machucar a pele do bebê.  Esses baldes também indicam até que altura deve ser colocada a água. A prática desse tipo de banho surgiu no final dos anos 1990 na Holanda e se espalhou pelo mundo. Quando o bebê já não puder mais usar aqueles baldes tradicionais, vale usar aquelas bacias  emborrachadas coloridas que  também permitem um banho de muita diversão.

AS ERVAS MAIS INDICADAS

Camomila: a camomila é uma erva que é ótima para a pele, além de ser calmante e digestiva
Calêndula: boa para eczemas e problemas de pele
Manjericão: ajuda o bebê a relaxar, é digestivo, alivia as cólicas
Aveia: bom para aliviar coceiras, dermatites e melhorar a pele sensível e seca do bebê
Hortelã: refrescante e melhora resfriados e vias aéreas congestionadas
Sálvia: melhora gripes, resfriados e vias aéreas congestionadas
Saiba mais sobre o banho de balde e ervas

DVD “Banho de Balde” é vendido no site do Gama por R$ 20

Curso de ervas e aromas para mães e bebês – 29 de novembro, das 14h30 às 17h,  na Casa Delas, na rua Apinajés, 1.618 – Perdizes.  Mais informações pelo e-mail sabrina@sabordefazenda.com.br


Quando as crianças ficam maiores vale usar bacias feitas emborrachadas para um banho divertido e gostoso      (Foto: Carla Raiter Fotografia/www.carlaraiter.com)









Primeiro banho - Atrasar o primeiro banho do seu bebê tem benefícios

Muitos hospitais parecem ter uma necessidade urgente de ter o bebê banhado nas primeiras horas após o seu nascimento. Alguns hospitais levam o bebê para o banho antes mesmo de leva-lo para o quarto junto à sua mãe.
Porém, o banho imediato do bebê é mais uma entre tantas outras intervenções desnecessárias que são feitas de rotina nos hospitais e maternidades. Como pai/mãe, você tem o direito de decidir quando deve ser dado o primeiro banho no seu bebê e pode recusar esse procedimento de rotina. Você pode optar por você mesmo dar o banho. E há muitas razões para considerar não ter seu bebê banhado nas primeiras horas ou até mesmo dias após o nascimento. Nessa postagem você pode se informar sobre as vantagens dessa espera para poder decidir conscientemente qual será o melhor momento para dar o primeiro banho do seu bebê. 

Os bebês nascem com um protetor natural da pele

No útero, os bebes são protegidos contra o ambiente aquoso por uma substância especial chamada de vérnix. O vérnix fica na pele do bebê e você pode notar ainda algum vérnix em seu bebê recém-nascido. É uma espécie de "cera" esbranquiçada, parece um cream cheese. Alguns bebês nascem com muito vérnix, outros nem tanto. Os bebês tendem a perder o vérnix quanto maior for o tempo de gestação. Sendo assim, os bebês nascidos com 42 semanas podem não apresentar uma camada muito visível de vérnix, embora geralmente ainda há algum escondido nas dobras de sua pele e em seus bracinhos. Já os bebês que nascem mais cedo, muitas vezes têm uma quantidade maior. Pesquisas mais recentes indicam que o vérnix tem propriedades imunológicas e deixá-lo na pele do seu bebê fornece uma camada de proteção, enquanto o sistema imunológico do seu bebê está ficando mais forte. Isso é uma grande vantagem especialmente para os bebês que nasceram no hospital, com muito potencial grande de exposição a infecções hospitalares. Além disso, o vernix também é o melhor hidratante do mundo e ajuda a manter a pele do seu bebê macia e suave.  Além do vérnix, o líquido amniótico que banhou o bebê antes do nascimento também tem a capacidade de fornecer alguma resistência extra à infecção e quanto maior o tempo que permanece na pele, o melhor para o bebê.
O bebê quer estar perto da mãe
Após o nascimento, a única coisa que o bebê recém-nascido quer é estar no colo da mãe e em contato com seus seios. Aconchegar em seu peito, perto da fonte de alimentação dele, onde ele pode ouvir seu coração, cheirar seus seios e sentir o calor da sua pele é proporcionar ao seu recém-nascido a melhor fonte de conforto pra ele, que estará ainda se adaptando ao mundo.  Dessa forma você vai proporcionar a ele uma transição suave para a vida do lado de fora do útero e também estará estimulando a amamentação. Levar o seu bebê para longe de você logo após o nascimento com a finalidade de um banho pode interromper o processo de seu bebê de conhecer você, sentindo-se seguro e protegido, interferir com os cheiros e com esse contato tão importante para as primeiras mamadas. 
 
Regulação da temperatura corporal
Bebês recém-nascidos ainda estão tentando descobrir como manter sua própria temperatura corporal. Levar um bebê para longe de sua mãe para um banho, faz com que o bebê tenha que trabalhar mais para manter a temperatura corporal na faixa normal. Alguns bebês que precisam ser colocados sob a lâmpada de calor ou na incubadora para regular sua temperatura após o banho. Peito da mãe é o lugar perfeito para manter a temperatura do bebê. Peito de uma mãe tem a capacidade de aquecer ou esfriar fisiologicamente para ajudar o bebê ficar na temperatura certa. Adicionando um banho na mistura só torna mais difícil para o bebê a manter a temperatura do corpo.
Mantenha os níveis de açúcar no sangue normais e os hormônios de estresse baixos 
Estar separado de sua mãe pode causar ao bebê uma camada adicional de estresse. O despertar para um novo mundo já é por si só uma transição estressante para o bebê. Quando o bebê é tomado de você para ser banhado, ele pode chorar, se sentir desconfortável e muito triste. Isso faz com que seu corpo libere hormônios de estresse em resposta a esta nova situação. Sua freqüência cardíaca e pressão arterial podem subir, ele pode respirar um pouco mais rápido e tornar-se agitado. Trabalhando duro para responder a esta situação estressante também pode reduzir temporariamente seu açúcar no sangue. Se o açúcar no sangue do seu bebê estiver sendo monitorado devido a diabetes gestacional da mãe, ou seu tamanho no nascimento, os prestadores de cuidados podem querer introduzir fórmula para trazer os níveis de açúcar no sangue de volta para o normal. Quando o bebe permanece com você, ele é mais capaz de regular todos os seus sistemas do corpo e manter o seu açúcar no sangue onde deveria estar.
Um banho com a mãe ou o pai soa agradável
O bebê se sente naturalmente mais seguro quando está perto do pai ou da mãe. Você pode dar o primeiro banho do seu bebê quando estiver pronta/o. Pode também considerar tomar o primeiro banho com o seu bebê. Se tiver uma banheira disponível em casa, você pode entrar na banheira com seu bebê e segurando-o em seus braços. Essa é uma ótima maneira de ter esse primeiro banho. Seu bebê vai se sentir seguro e amado e vai aproveitar a água calmante. Ele pode se sentir tão bem que pode até cair no sono! Lembre-se, os bebês são muito escorregadio quando molhados, então você vai precisar de alguém para segurar o bebê enquanto você entrar e sair da banheira. O banho de balde, feito pelos pais, também é uma ótima opção para a primeira experiência de banho. Seja qual for a sua escolha de como faze-lo, o importante é que o bebê esteja com você nesse momento!
Em resumo, há muitos benefícios para atrasar o banho de seu recém-nascido até que você e ele estejam estáveis ​​e prontos para participar desse "primeiro" momento especial. Não há nenhuma razão médica para que um recém-nascido seja banhado nas primeiras horas ou dias. Convido você a refletir sobre o momento adequado para banhar seu bebê e fazer uma escolha para fazê-lo quando você e seu bebê estiverem prontos e de uma maneira suave e respeitosa.








Fontes:
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Medoff Cooper, B., Holditch-Davis, D., Verklan, MT, Fraser-Askin, D., Lamp, J., Santa-Donato, A.,. . .Bingham, D. (2012). Resultados clínicos recém-nascidos do projeto prática baseada em pesquisa final prematuro AWHONN. J Obstet Gynecol Neonatal Enfermagem, 41 (6), 774-785. doi: 10.1111/j.1552-6909.2012.01401.x
Ng, PC, Wong, HL, Lyon, DJ, Então, KW, Liu, F., Lam, RK,. . . Fok, TF (2004). O uso combinado de álcool e esfregar as mãos luvas reduz a incidência de infecção tardia em prematuros de muito baixo peso. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed, 89 (4), F336-340. doi: 10.1136/adc.2003.031104
Preer, G., Pisegna, JM, Cook, JT, Henri, AM, e Philipp, BL (2013). Atrasar o banho e no Hospital Amamentação câmbio. Amamentar Med. doi: 10.1089/bfm.2012.0158
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Retirado de: http://pregnancy.about.com/od/hospital/ss/6-Reasons-To-Delay-Babys-First-Bath.htm
Compartilhado dehttp://parirenascer.blogspot.com.br/

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